Ao 49.º dia de guerra na Ucrânia, não estão previstos corredores humanitários para retirar civis em segurança de cidades em zonas de conflito. Os presidentes da Polónia, Lituânia, Letónia e Estónia estão a caminho de Kiev, no dia em que um dos assessores do presidente ucraniano explicou porque recusou visita de presidente alemão.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse esta quarta-feira no seu vídeo noturno diário que “ou a liderança russa vai procurar realmente a paz ou, como resultado desta guerra, vai deixar a arena internacional para sempre”.
Zelensky deu ainda nota de que as tropas russas estão a intensificar a atividade nas regiões leste e sul da Ucrânia. “As forças russas estão tentar retaliar devido às suas derrotas. Os bombardeamentos com rockets e ataques de artilharia continuam. Eles estão a trazer novas colunas de equipamentos e a tentar recrutar moradores do sul do nosso país – ou seja, das áreas temporariamente ocupadas, além da chamada mobilização em certos distritos das regiões de Donetsk e Luhansk”, afirmou.
O líder ucraniano observou que a recente “atividade febril” das forças russas reflete a insegurança e a incapacidade da Rússia em derrotar a Ucrânia. “Mesmo com um stocks significativos de equipamentos militares soviéticos e um número significativo de soldados, que os comandantes não poupam, as tropas russas duvidam da capacidade deles em derrotar a Ucrânia. Bem, temos feitos de tudo para justificar essas dúvidas”, acrescentou.
“Não é uma guerra, é terrorismo”, denuncia presidente polaco em Kiev
O Presidente polaco, Andrzej Duda, declarou hoje, em visita a Kiev, que a Rússia não está a travar uma simples guerra na Ucrânia, mas é culpada de “terrorismo” e “crueldade”.
“Não é uma guerra, é terrorismo. Se alguém envia aviões e soldados para bombardear zonas residenciais e matar civis, não é guerra”, sustentou Duda numa conferência de imprensa conjunta com os seus homólogos ucraniano, letão, lituano e estónio.
“É crueldade, banditismo, terrorismo — é essa a natureza da agressão russa à Ucrânia, que nunca iremos aceitar”, acrescentou.
Duda e os Presidentes dos três Estados bálticos foram recebidos em Kiev pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para um “almoço de trabalho”, depois de se terem deslocado a Borodianka, uma pequena cidade próxima da capital, pilhada e destruída pelos soldados russos.