O chefe de Estado ucraniano será recebido na Casa Branca, a 26 de setembro, por Joe Biden e, separadamente, pela vice-presidente Kamala Harris. Zelensky planeia encontrar-se com o antigo Presidente, Donald Trump.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na sexta-feira, 20, que “espera” que Joe Biden apoie o seu plano para acabar com a guerra com a Rússia, que lhe deverá apresentar na próxima semana durante uma visita aos Estados Unidos.
“Espero realmente que ele apoie este plano”, que se baseia em “decisões rápidas dos nossos parceiros” a serem tomadas “entre outubro e dezembro”, disse Zelensky numa conferência de imprensa em Kiev, por ocasião da visita da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
“Neste caso, acreditamos que este plano irá funcionar”, afirmou o Presidente ucraniano. Recentemente, anunciou a preparação deste “plano de vitória”, após dois anos e meio de invasão russa do seu país, mas nunca revelou os pormenores.
O chefe de Estado ucraniano será recebido na Casa Branca, a 26 de setembro, por Joe Biden e, separadamente, pela vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata às eleições presidenciais de 5 de novembro.
Zelensky planeia encontrar-se com Trump
Zelensky disse também que desejava “compreender” a visão da guerra na Ucrânia de Donald Trump, o candidato republicano, cuja eventual vitória poderia comprometer o apoio militar americano, crucial para Kiev.
“Quero perceber como é que ele vê a situação”, disse Zelensky, que planeia encontrar-se com o antigo Presidente durante a sua viagem aos Estados Unidos.
Os assessores de Trump já deram a entender que, se ele ganhar, usarão a ajuda americana como alavanca para forçar Kiev a fazer concessões territoriais.
Enquanto a administração Biden se comprometeu a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para garantir a vitória da Ucrânia sobre a Rússia, Donald Trump tem afirmado, repetidamente, que pode rapidamente “pôr fim” a esta guerra, uma fórmula que preocupa Kiev.
Zelensky também insistiu no seu desejo de organizar uma segunda cimeira de paz este ano, “uma cimeira que possa pôr fim a esta guerra”.
“A paz não é uma questão de congelar a guerra ou de manipular o direito e a moral internacionais. A paz deve ser segura e sê-lo-á”, sublinhou.