O mundo enfrenta grandes desafios, com a fome, as guerras, a pandemia da Covid-19 e agora a propagação da Varíola do Macaco, diz o diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Tedros Adhanom Ghebreyesus apela a que não haja “estigmatização dos doentes com varíola do macaco”, numa altura em que o vírus se espalha por mais países.
A Áustria detetou o primeiro caso, enquanto a Bélgica, com três casos, decretou uma quarentena obrigatória de 21 dias para os infectados.
No Reino Unido, as autoridades também recomendam um isolamento de 21 dias. O país renova encomendas da vacina contra a varíola no momento em que os casos aumentam diariamente e se espera a divulgação de novos números oficiais.
A Agência de Segurança Sanitária do país identificou 20 casos até agora e a sua principal conselheira médica, Susan Hopkins, disse na BBC “Estamos a detectar mais casos diariamente”.
Segundo ela, o vírus está agora a espalhar-se na comunidade – com casos detetados que não tiveram qualquer contacto com ninguém que tenha visitado a África Ocidental, onde a doença é endémica.
No continente europeu, Reino Unido, Espanha e Portugal concentram o maior número de casos, mas há já mais de uma dúzia de países fora do continente africano a registarem infeções e a OMS estima que o vírus continue a espalhar-se pelo mundo.
A OMS disse anteriormente que vários outros casos suspeitos de varíola do macaco estavam a ser investigados – sem mencionar os países envolvidos – e advertiu que era provável que se confirmassem mais infecções.
Também de acordo com a OMS, parece claro que o vírus tem uma propensão para se espalhar através das relações sexuais, sobretudo com transmissões entre homens. O Grupo de Avaliação de Riscos considerou, portanto, que seria útil lançar uma campanha de sensibilização dirigida aos homens que têm relações sexuais com homens, bem como às pessoas que têm relações sexuais com múltiplos parceiros.