Os accionistas da maior operadora de telecomunicações do país, a Unitel, foram convocados em edital para uma Assembleia-Geral a realizar-se em Maio, onde deverão discutir o reconhecimento contabilístico da participação no BFA e a avaliação de impacto fiscal de alternativas para a futura transmissão da participação, conforme deliberação de 16 de Novembro de 2010.
Na agenda de oito pontos consta, igualmente, a deliberação sobre o relatório de gestão, as contas do exercício e os demais documentos de prestação de contas da sociedade, ncluindo o parecer do Conselho Fiscal relativos ao exercício de 2020, assim como a proposta de aplicação dos resultados e uma apreciação do desempenho da Administração e da Fiscalização da sociedade.
A ordem de trabalhos prevê uma a abordagem da proposta de atribuição de prémios aos membros do Conselho de Administração referentes a 2020, do Plano de Negócios 2021-2023 e Orçamento para 2021, assim como prestação de informação sobre o relatório da avaliação independente ao saldo de dividendos accionistas nas contas da Unitel.
A convocatória, assinada pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Aguinaldo Jaime, terá participação presencial e remota.
A Direcção de Comunicação da empresa, contactada para comentar a agenda, considerou tratar-se de temas de exclusivo domínio dos accionistas.
Já o economista Rui de Sousa Malaquias entende ser um momento em que os accionistas deverão apreciar o nível de desenvolvimento da empresa e os desafios para o período 2021-2023, como agendado num dos pontos.
Sobre o reconhecimento contabilístico da participação no Banco de Fomento Angola (BFA) e a avaliação de impacto fiscal de alternativas para futura transmissão da participação, Rui Malaquias entende que, após receber direitos de outros accionistas, faz sentido uma apreciação dos sócios de todo o “dossier”, incluindo as grandes vantagens.
Intervenção social
Detida maioritariamente pelo Estado, a Unitel é, segundo dados do mercado, a maior operadora de telecomunicações móveis em Angola, em número de clientes, detendo também uma rede de serviços e de infra-estrutura aceite como a melhor preparada, com cobertura nacional.
No quadro da sua missão social, ainda este mês anunciou a concessão de novas bolsas de estudo para mulheres, o que acontece à luz de um compromisso de empoderamento do género.
A 14 deste mês, a operadora lançou o 3º Programa de Bolsas de Estudo “Mulheres para o Futuro”, depois de ter oferecido 91 bolsas internas nas duas primeiras edições para os anos Académicos 2019 e 2020.
Para 2021, disponibiliza mais 50 bolsas de estudo para mulheres até aos 25 anos idade, que irão matricular-se ou já estejam a frequentar o ensino superior nos domínios da Engenharia Electrotécnica e Telecomunicações, Informática, Telecomunicações, Electromecânica, Ciência da Computação, Engenharia de Redes, Mecatrónica e Electrónica.
As bolsas de estudo serão atribuídas para a frequência em instituições de ensino superior legalmente reconhecidas pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, e cobrirá anualmente a matrícula, inscrição e propina, conferindo igualmente à bolseira um valor para gastos gerais (alimentação, transporte e livros).