A Comissão Política da UNITA exigiu, no sábado, a conclusão da aprovação do Pacote Legislativo Autárquico e a realização das eleições autárquicas em 2021.
Segundo o comunicado da II reunião ordinária da Comissão Política, realizada sexta-feira e sábado, a UNITA exigiu, também, o que considera ” reformas que o sistema eleitoral requer para se assegurarem processos eleitorais livres, justos e transparentes”. No documento, a Comissão Política condena o que considera “repressão policial” contra os cidadãos que tentaram se manifestar no dia 24 de Outubro, bem como jornalistas em pleno exercício das suas funções.
O órgão de cúpula encorajou o líder do partido, Adalberto Costa Júnior, a encetar um diálogo abrangente com todas as forças vivas da Nação, para a concertação em busca do que considera “Calendário Nacional de Consenso”.
A UNITA manifestou-se preocupada com as medidas tomadas pelo Executivo, com realce para o incremento da carga fiscal, considerando serem “inadequadas ao momento que o país vive”.
O maior partido da oposição solidariza-se com as famílias vítimas da Covid-19 e de outras endemias e saúda os esforços dos profissionais de Saúde e outros da linha da frente na luta contra a pandemia.
Mas considera ter havido “negligência do Executivo ao não tomar, em tempo oportuno, as medidas que se impunham sobre o controlo e testagem dos primeiros voos idos de Portugal”.
Na abertura da reunião, na sexta-feira, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, apelou ao diálogo e à construção de bases sólidas para uma Angola reconciliada, inclusiva e moderna.
Segundo Adalberto Costa Júnior, os erros do Executivo seriam evitados se soubessem escutar as outras franjas da sociedade fora do círculo partidário, por via de um debate profundo, aberto, aturado e aceitar opiniões de uma importante camada da sociedade civil que tem elaborado estudos científicos de extrema importância.
Secretário-geral tranquiliza David Mendes: “A UNITA está disponível para ajudar”
A UNITA está disponível para ajudar David Mendes a resolver o problema de ameaças feitas a si, por um grupo de jovens nas redes sociais, garantiu o secretário-geral , Álvaro Chikwamanga.
“O deputado David Mendes relaciona-se muito bem com os membros da UNITA e pode pedir ajuda para resolver o problema do mal entendido com a juventude. A UNITA está em condições de ajudar David Mendes a procurar os jovens que o ameaçaram para conversarem”, disse.
Para Álvaro Chikwamanga, David Mendes devia pedir desculpas à juventude, se lhe entenderam mal. “Os políticos, quando vão a um órgão de comunicação social, independentemente das convicções, têm que ser comedidos, sobretudo num momento em que as pessoas andam frustradas com vários problemas”, aconselhou.
O secretário-geral do maior partido da oposição referiu que o partido condena todo e qualquer tipo de ameaças contra um cidadão, independentemente das suas convicções . “Ouvi por áudio que circulou nas redes sociais um grupo de jovens a proferirem ameaças contra o deputado David Mendes. Mas minimizei a questão porque tratava-se de jovens que estão a manifestar-se em frente ao Tribunal e esses jovens, perante a situação que se vive, é normal que soltem palavras como as que soltaram naquele momento e não dei muita importância. Entendi que foram manifestações esporádicas de alguma euforia da juventude naquele momento”, disse o político, salientando que tudo têm a ver com o pronunciamento de David Mendes por ocasião do debate semanal que tem feito a nível da televisão.
Essas ameaças, segundo o secretário-geral da UNITA, não deviam preocupar o deputado David Mendes . “David Mendes devia conversar com a juventude, ao invés de ver nisso um problema”, disse, acrescentando que “não é a UNITA que ameaçou David Mendes”.