A um ano das eleições em Angola e com o registo eleitoral oficioso em curso desde o passado dia 21, os partidos, nomeadamente os da oposição, começam a fiscalizar o processo.
A UNITA, maior partido da oposição, já veio a público com as primeiras denúncias, com o secretário para os Assuntos Eleitorais a questionar o serviço que está a ser prestado pela empresa Sinfic.
Faustino Mumbika insta o Ministério da Administração do Território (MATRE) a revelar o nome da empresa em causa e lembra que, nas últimas eleições, a empresa prestou um péssimo serviço.
“Se for a Sinfic como se ventila pelos corredores, gostaríamos de recordar aos angolanos, que essa empresa nas últimas eleições, prestou um péssimo serviço, na medida em que impediu cerca de 5.857.294 eleitores de exercerem o seu direito de voto”, alerta Mumbika.
Aquele responsável da UNITA também manifestou a sua preocupação pelo facto de o Executivo não estar comprometido com a transparência e a verdade eleitoral.
“A UNITA acompanhou, atentamente, os pronunciamentos do ministro Marcy Lopes na “Grande Entrevista” de 21 de Setembro emitida pela TPA, porém, manifesta a sua preocupação, pelo facto de ficar demonstrado que, o executivo não está comprometimento com a transparência e a verdade eleitoral, quando aquela entidade afirma que, não tinha a informação do número exacto de cidadãos maiores que possuem o BI, sabendo que, o Registo Eleitoral Oficioso está a ser efectuado com base neste documento”, diz Mumbika.
O registo eleitoral oficioso no estrangeiro acontece apenas no próximo ano.
O ministro da Administração do Território, Marcy Lopes, afirmou ontem que o Executivo prevê o registo oficioso de 12 milhões de cidadãos para as eleições gerais do próximo ano e que o processo vai custar 120 mil milhões de kwanzas.