A UNITA acusou o Presidente da República, João Lourenço, de querer manter reféns as instituições do Estado para benefício exclusivo do MPLA prejudicando a maioria dos angolanos. E aposta na criação de uma frente alargada da oposição para, em 2022, derrubar o partido no poder desde 1975.
“A falta de disponibilidade do Titular do Poder Executivo para as reformas do Estado exprime a vontade do actual regime em manter reféns as instituições do Estado para benefício exclusivo do Partido-Estado e prejuízo para a maioria dos angolanos”, lê-se numa declaração política divulgada no final da IIIª reunião ordinária do Comité Permanente da comissão Política da UNITA.
Neste encontro, que teve lugar ontem, terça-feira, 12, a UNITA apontou 2021 como “ano da mobilização dos patriotas para a alternância do poder”, insistindo na necessidade da criação de uma ampla frente para tirar o MPLA no poder desde 1975.
O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA alertou a sociedade angolana para a ideia de que, “enquanto o Executivo do Presidente João Lourenço, persistir no procedimento da contratação simplificada por ajuste directo para atribuir volumosos contratos públicos a empresas escolhidas a dedo, ca cada vez mais desacreditada a sua luta direccionada contra a corrupção”.
O principal partido da oposição constatou “com preocupação” a “deterioração das garantias do Estado Democrático de Direito, consubstanciada na indefinição do calendário para a implementação das Autarquias Locais em Angola, inicialmente previstas para o ano de 2020”.
O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA solicitou ao Executivo que crie condições para que a implementação das autarquias decorra em 2021 e em simultâneo em todos os municípios.