O representante do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) em Angola, Antero Pina, destacou esta sexta-feira, na cidade de Ondjiva (Cunene), o empenho do Executivo angolano na promoção de acções que visam garantir a saúde das crianças.
Falando à margem do lançamento da segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação Contra Pólio, a decorrer até dia 16 do corrente mês, Antero Pina enalteceu os esforços do governo angolano e de parceiros em imunizar crianças menores de cinco anos, em todo o país.
Segundo o responsável, acções contínuas têm sido cruciais para assegurar que todas as crianças sejam protegidas contra doenças, por meio de vacinação.
“Esta acção é um passo importante para consolidar a iniciativa da erradicação da doença em Angola e, por isso, notamos com grande satisfação a determinação e liderança demonstrada pelo Executivo angolano”, sublinhou.
Lembrou que Angola erradicou, com sucesso, a circulação do vírus selvagem da pólio, em 2015, e trabalha, desde então, para manter o estatuto de país livre desta doença, realizando buscas activas de casos nas comunidades e unidades sanitárias, campanhas de vacinação de rotina e reforçando a vigilância epidemiológica.
O responsável alertou, entretanto, que o risco de importação de casos, tanto selvagens como derivados da vacina, ainda existe devido à circulação de vírus nos países da região da África Austral e da baixa taxa de imunização de rotina.
Por este facto, reafirmou o compromisso da Agências das Nações Unidas em continuar a apoiar Angola neste desafio crucial para imunizar todas as crianças e erradicar a pólio do mundo, de modo a construir uma sociedade mais equitativa, sustentável e mais inclusiva.
A UNICEF e a Organização Mundial da Saúde têm colaborado com o Ministério da Saúde, disponibilizando apoio técnico, financeiro e logístico, visando a protecção das crianças.
Antero Pina apelou ao envolvimento das famílias, dos parceiros e autoridades locais, de modo a garantir que todas as crianças sejam vacinadas.
A campanha prevê imunizar 5.4 milhões de crianças menores de cinco anos no país.