A União Europeia tem planos para lançar uma missão naval no Mar Vermelho.
De acordo com o chefe da Política Externa do bloco, a missão deverá estar operacional a 17 de fevereiro. O objetivo é “proteger os navios” e “impedir” ou “bloquear ataques”, sem fazer parte de qualquer tipo de ação contra os Houthis”.
“Estamos todos preocupados com o tráfego para o canal. Muitas empresas europeias pedem-nos que o façamos porque os seus modelos de negócio estão a sofrer muito, devido ao elevado aumento dos custos e ao facto de terem de ir à África do Sul e fazer todo o percurso até à Europa. Isso está a afetar os custos. Por isso, está a afetar os preços e a inflação. É natural que tentemos evitar este risco”, disse Josep Borrell aos jornalistas antes de presidir a uma reunião dos ministros da Defesa da UE em Bruxelas.
Segundo as autoridades, sete Estados-Membros estão prontos para fornecer navios ou aviões. A Bélgica já se comprometeu a enviar uma fragata. Espera-se que a Alemanha faça o mesmo.
EUA destroem mísseis houthis preparados para atacar navios no Mar Vermelho
Na semana passada, as forças americanas e britânicas bombardearam vários alvos em oito locais utilizados pelos Houthis apoiados pelo Irão. Foi a segunda vez que os dois aliados realizaram ataques de retaliação coordenados contra as capacidades de lançamento de mísseis dos rebeldes.
Os Houthis têm levado a cabo uma campanha persistente de ataques com drones e mísseis a navios comerciais desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro, mas Borrell insistiu que a missão da UE não participará em quaisquer ataques militares.
“Este é o objetivo: proteção dos navios. Intercetar os ataques contra os navios. Não participar em qualquer tipo de ação contra os Houthis. Apenas bloquear os ataques dos Houthis”, garantiu Borrell.
Os ministros da Defesa do bloco deverão decidir esta quarta-feira qual o país membro que deverá liderar o esforço naval e onde deverá ser instalado o quartel-general da missão.