Iniciativa visa melhorar proteção de profissionais de comunicação contra ameaças e violência; organizar redes regionais de mídia e organizações da sociedade civil são algumas das ações prioritárias.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, está apoiando uma nova plataforma digital sobre segurança de jornalistas em África.
Dos países africanos de língua oficial portuguesa, fazem parte da iniciativa Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.
Objectivos
A plataforma foi lançada em finais de janeiro e tem como áreas de foco a monitoria e verificação de violações da liberdade de mídia.
A iniciativa também pretende aumentar a conscientização sobre a Declaração de Princípios e Liberdade de Expressão em África, aprovada pela União Africana em 2018.
Em nota, a diretora-geral da Agência, Audrey Azoulay, disse que esta é uma ferramenta valiosa para os jornalistas, destacando a importância dada pela União Africana e seus Estados-membros à segurança destes profissionais.
Já o presidente da República da África do Sul e Presidente da União Africana, Cyril Ramaphosa, prometeu apoiar a iniciativa para que todos os africanos possam receber livremente informações e expressar suas opiniões.
Agenda 2063
O presidente do Fórum de Editores Africanos, Jovial Rantao, disse que a plataforma é mais um passo para concretizar um sonho. Para ele, o projeto pode ajudar a ter “uma mídia totalmente livre para fazer o seu trabalho e contar a história africana, sua beleza e outras coisas”.
Já o presidente da República do Burkina Fasso, Roch Marc Christian Kabore, afirmou que o caminho do continente para alcançar os objetivos da Agenda 2063 deve incluir a existência de uma comunicação social livre e independente.
A plataforma tem apoio do Mecanismo de Avaliação por Pares da União Africana, do Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos, do Fórum de Editores Africanos, da Federação de Jornalistas Africanos e da Federação Internacional de Jornalistas.
De Maputo para ONU News, Ouri Pota