A Hungria disse na segunda-feira que não cederia à pressão de outros estados da União Europeia para dar luz verde às negociações de adesão com a Ucrânia, preparando o terreno para um confronto na cimeira da UE esta semana.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia disse que seria “devastador” para o seu país e para a UE se a cimeira de 14 e 15 de Dezembro não der luz verde às negociações de adesão e a mais ajuda financeira e militar para Kiev defender-se contra a invasão da Rússia.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que se vangloria dos seus laços com o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou vetar as conversações sobre ajuda e alargamento.
Outros estados da UE, incluindo a Alemanha, o membro mais rico, disseram que apoiam o início de negociações com Kiev sobre o longo processo de adesão ao bloco, mas Budapeste manteve-se firme.
“Quero acreditar que os europeus estarão unidos… e enviaremos hoje mensagens claras ao nosso homólogo húngaro para que assim seja”, afirmou a ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, que participou da reunião dos ministros das Relações Exteriores da EU, para preparar a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, disse que o fracasso na cimeira desta semana em chegar a acordo sobre negociações abertas de adesão mostraria que a UE é incapaz de cumprir os compromissos históricos.
Todas estas decisões – bem como outra sobre aquele que seria o 12.º pacote de sanções da UE contra a Rússia desde a invasão em grande escala de Moscovo em Fevereiro de 2022 – exigem o apoio unânime de todos os membros do bloco de 27 países.