Há dois anos, a 24 de Fevereiro de 2022, a Rússia invadia a Ucrânia. No terreno os russos reclamam avanços e os ucranianos reiteram apelos a parceiros internacionais para receberem mais armas que lhes permitam enfrentar o exército de Moscovo.
No entanto a Rússia tinha já ocupado em 2014 a península da Crimeia, no sul da Ucrânia, e a região de Donbass, no leste.
Como começa por lembrar Pavlo Sadokha, presidente da Associação dos ucranianos em Portugal.
“Em primeiro lugar não são dois anos [de invasão russa da Ucrânia], são dez anos que a Rússia invadiu a Ucrânia: primeiro na Crimeia e, depois, no Donbass. E aquelas últimas declarações que fez o Putin, ou o assessor do Putin, Medvedev, que disse que têm que chegar de novo a Kiev e até mais mostram que não temos hipóteses para sobreviver como ucranianos que continuar a lutar. Isto só vai parar quando a própria Rússia terminar com o regime, vai mudar o regime, o seu pensamento sobre a sua sociedade e o seu lugar no mundo.
Sem apoio internacional não vamos conseguir reconquistar as nossas terras, sem apoio internacional não vamos conseguir defender as cidades da Ucrânia que estão todos os dias atacadas ! Mas isso não significa que os ucranianos vão desistir da sua luta ! Vamos lutar, vamos lutar até ao último porque não temos hipótese. E não está a situação tão crítica como querem mostrar ! ”
De realçar que Paris acolhe nesta segunda-feira, 26 de fevereiro, uma reunião de alto-nível de apoio à Ucrânia, uma iniciativa do presiente francês, Emmanuel Macron,na presença de vários Chefes de Estado e de Governo no Palácio do Eliseu, incluindo o primeiro-ministro português, António Costa.
Por Miguel Martins