Um vídeo no qual o Presidente dos EUA diz que as crianças são virtualmente imunes ao novo coronavírus esteve na origem da advertência do Twitter.
O Twitter proibiu a conta da campanha do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, (@TeamTrump) de continuar a partilhar informação até remover um vídeo no qual o Presidente assegura que as crianças são virtualmente imunes ao novo coronavírus.
“O ‘tweet’ viola as regras do Twitter relativas à desinformação sobre a Covid-19”, indicou a rede social, na quarta-feira.
“O proprietário da conta deve remover o ‘tweet’ antes de poder ‘tweetar’ novamente”, explicou um porta-voz do grupo.
A conta @TeamTrump parece ter cumprido com o pedido da rede social, pois estava activa na quarta-feira à noite e o vídeo já tinha sido retirado.
O vídeo continha imagens de uma entrevista de Trump ao canal televisivo Fox News, na qual o Presidente republicano garantia que as crianças dificilmente podem contrair o novo coronavírus.
Antes, a rede social Facebook removera o mesmo vídeo da página de Donald Trump por “violação dos regulamentos sobre desinformação” acerca da pandemia de Covid-19.
Nas últimas semanas, o Presidente norte-americano tem insistido na tese de as crianças serem “quase imunes” ao novo coronavírus, para justificar as suas pretensões de regresso total do ensino presencial nas escolas norte-americanas.
Andy Stone, porta-voz do Facebook, disse que o vídeo que Trump publicou na sua página da rede social “inclui declarações falsas de que um grupo de pessoas é imune à Covid-19” e “isso é uma violação” das políticas da empresa “sobre desinformação”.
Esta é a primeira vez que o Facebook remove uma entrada sobre a pandemia de Covid-19 colocada na página do Presidente dos EUA.
“O Presidente declarou apenas um facto: as crianças têm menos probabilidades que os adultos de contrair o coronavírus”, reagiu a porta-voz da campanha de Donald Trump, Courtney Parella.
“Eis mais provas de que o Silicon Valley é tendencioso contra o Presidente. As regras só são aplicadas num sentido. As redes sociais não são os árbitros da verdade”, criticou.
Os Republicanos culpam regularmente o Facebook, Twitter e YouTube por censurá-los e apoiar o campo democrata.
Os Democratas, por outro lado, defendem que o Facebook não modera o conteúdo com rigor suficiente, especialmente o relacionado com a desinformação e o incitamento ao ódio.