Vinte e três turistas que visitaram sábado e domingo, pela primeira vez, o Centro Histórico de Mbanza Kongo, Zaire, ficaram “encantados” com as potencialidades históricas da capital do antigo Reino do Kongo e defenderam mais investimentos no sector das infraestruturas hoteleiras e rodoviárias para atracção de mais turistas.
O grupo, integrado por cidadãos angolanos, portugueses, holandeses e moçambicanos visitou os principais sítios e monumentos históricos desta cidade Património Mundial, designadamente o Museu do Reino do Kongo, o Cemitério dos Reis do Kongo, a árvore secular Yala Nkuwu, a réplica de Nsaku Nevunda, o Kulumbimbi e o cemitério da Dona Mpolo, mãe de um dos reis enterrada viva por desobediência às ordens da corte.
Para o cidadão português Fernando Campos Soares, para além do mosaico histórico-cultural, a cidade de Mbanza Kongo possui encantos paisagísticos “invejáveis” que despertam curiosidade aos visitantes.
Sugeriu a quem de direito e à classe empresarial a investir mais em infraestruturas hoteleiras e rodoviárias para dinamizar o turismo nesta parcela do território nacional.
“Acredito que com estradas melhoradas, redes hoteleiras e serviços complementares funcionais e guias bem treinados, a província do Zaire rapidamente será um destino turístico preferencial”, sublinhou.
Por sua vez, a cidadã holandesa Anlie Vooyhoeve, residente em Luanda há 23 anos, a província do Zaire dispõe de pontos turísticos que se forem bem explorados podem contribuir para a diversificação da economia do país e criar mais postos de trabalho.
Defendeu, a propósito, a formação de jovens para que possam trabalhar em agências turísticas, visando a divulgação e promoção além-fronteiras desta riqueza histórica de Mbanza Kongo.
O moçambicano Leonardo Torres Caliano, Também corrobora da mesma opinião, sugerindo ao Governo e a classe empresarial na criação de políticas viáveis para que as potencialidades históricas e turísticas do Centro Histórico de Mbanza Kongo sejam transformadas em fontes de rendimentos sustentáveis.
A responsável da agência de viagem, Helena Mababa, disse existir um grande interesse de cidadãos nacionais e estrangeiros de conhecerem a história de Mbanza Kongo “in louco”, pelo que defende mais investimentos em infraestruturas.
Destacou o papel das autoridades tradicionais locais, em particular, e da população, em geral, na preservação e conservação dos monumentos e sítios históricos do antigo Reino do Kongo.
A caravana de turistas deslocou-se também às grutas do Nzau-Evua, que distam a cerca de 75 quilómetros da cidade de Mbanza Kongo, bem como visitou alguns encantos da vila piscatória do Nzeto, de regresso à capital do país, Luanda.
O Centro Histórico de Mbanza Kongo ostenta o estatuto de Património Mundial desde 8 de Julho de 2017. DA/JL