O novo presidente da República de Cabo Verde, eleito no passado dia 17 de Outubro, José Maria Neves, foi investido hoje, terça-feira, numa cerimónia que decorreu no parlamento cabo-verdiano. Neves realçou, nomeadamente, que a grande prioridade do seu mandato é reconstruir o país-arquipélago, após o doloroso período marcado pela pandemia.
José Maria Neves, empossado como novo Presidente da República de Cabo Verde, fez o seu primeiro discurso na língua cabo-verdiana alternando com a língua Portuguesa.
Neves realçou que a partir de agora é o Presidente de todos os Cabo-verdianos e de todas as Cabo-verdianas e elegeu como prioridade a reconstrução de Cabo Verde no pós-pandemia.
“A grande prioridade nacional tem de ser, necessariamente, a reconstrução do país neste ciclo doloroso do pós-pandemia. Trata-se de uma tarefa ingente e que exige a convocação de toda a Nação Global cabo-verdiana. Este é o tempo de cerrar fileiras e todos, juntos, dar o melhor de nós para o progresso da nossa terra e o bem-estar de todos, a começar pelo dos que têm sido directa e desproporcionadamente mais atingidos em virtude do círculo de fragilidades em que vivem” afirmou o novo Presidente da República de Cabo Verde.
José Maria Neves frisou que Cabo Verde precisa de “um Estado mais competente” e o Estado não pode retirar-se de sectores chaves e citou como exemplo o caso dos transportes aéreos.
O novo Presidente da República ambiciona uma relação mais eficaz com a diáspora cabo-verdiana.
José Maria Neves defendeu uma relação no plano externo realista, pragmática e inteligente.
No que diz respeito à África, José Maria Neves disse ser necessário acelerar o passo na integração regional e na CPLP.
O novo chefe de Estado de Cabo Verde sublinhou que a sua atenção vai para a mobilidade de pessoas e bens, mas sobretudo para a cultura e o conhecimento.
Doze delegações estrangeiras, das quais cinco chefiadas por chefes de Estado, estiveram na sessão especial de investidura do novo Presidente da República de Cabo Verde. Entre eles, o Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço.