O coronel Assimi Goïta, homem forte do Mali, tomou posse na segunda-feira como novo presidente de transição do país africano onde ocorreram dois golpes de Estado em nove meses. Segundo fontes em Bamako próximas de Goîta, ele é o único capaz de restabelecer a paz no Mali e de resistir às pressões dos ocidentais.
O coronel Assimi Goïta, que vai trocar futuramente, o seu uniforme verde de militar, pelo tradicional fato cerimonial, tomou posse como novo presidente interino do Mali, país onde ocorreram golpes de Estado a 18 de Agosto de 2020 e a 27 de Maio de 2021, ambos liderados por Goïta.
O novo homem forte do Mali jurou fidelidade ao modelo republicano, assim como afirmou a sua vontade de preservar as conquistas democráticas e a unidade do seu país.
Os parceiros do Mali, nomeadamente a França, desejam que os militares, que governam o país da África ocidental cedam o lugar a uma administração civil, após as eleições de Fevereiro de 2022.
Nos círculos próximos do jovem coronel de 37 anos,empossado a 7 de Junho de 2021 como novo Presidente da transição no Mali,a tónica é que Assimi Goïta é o único capaz de restabelecer a paz no país, assediado pelo jihadismo desde o início dos anos 2010.
Goïta, dizem os seus colaboradores, saberá igualmente enfrentar as pressões dos ocidentais.
Choguel Kokalla Maïga de 63 anos, ex-ministro e membro do movimento de protesto M5 que contribuiu para a destituição do presidente Ibrahim Boubacar Keita em 18 de Agosto de 2020, vai ser nomeado, por Assimi Goïta, novo primeiro-ministro do Mali.
Marginalizado a seguir ao golpe de 18 de Agosto de 2020, o M5 tinha qualificado o anterior governo de transição do Presidente Bah Ndaw e do Primeiro-ministro, Moctar Ouane, de “regime militar disfarçado”.
A França, bem como os seus parceiros europeus e os Estados Unidos, consideram que, a paz no Mali é essencial à estabilidade da região do Sahel.