O emissário especial do presidente norte-americano Donald Trump deve chegar nesta segunda-feira (24) a Israel para aliviar as tensões provocadas por novas medidas da segurança no local sagrado de Jerusalém altamente sensível depois de um fim-de-semana de violência.
A visita de Jason Greenblatt está a se a realizar depois de mais de uma semana de tensões no complexo da mesquita de Haram al-Sharif, conhecida para os judeus como o Monte do Templo, sendo uma questão central no conflito israelo-palestino.
As autoridades de Israel haviam instalado detectores de metal na entrada no local, que inclui a mesquita Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha, como resposta aos ataques de 14 de julho quando dois policiais foram mortos.
As autoridades israelitas afirmam que os detectores de metal são necessários, porque no dia 14 de julho os atacantes introduziram armas no local e saíram dele para atirarem contra os agentes da polícia.
Durante os protestos contra as medidas, eclodiram confrontos que deixaram cinco palestinos mortos.
Na sexta-feira passada (21), um palestiniano invadiu uma casa num assentamento judeu na área da Cisjordânia ocupada e esfaqueou três israelitas até a morte.
Ahmed Abul Gheit, o chefe da Liga Árabe, acusou no domingo (23) Israel de “brincar com o fogo” implementando as novas medidas de segurança, e o presidente turco Recep Tayyip Erdogan as chamou de insulto ao Mundo muçulmano.
O Papa Francisco disse que estava a seguir os eventos com preocupação e apelou ao diálogo e moderação das partes.
As principais orações muçulmanas semanais de sexta-feira, que tipicamente atraem milhares a Al-Aqsa, levaram a situação à ebulição. (Sputnik)