A russa Daria Kasatkina disse que deixou o Aberto da França com um gosto amargo por ter sido vaiada pela torcida após sua derrota na quarta rodada contra a ucraniana Elina Svitolina no domingo.
Svitolina afirmou que não apertaria a mão de jogadoras russas ou bielorrussas em Roland Garros por causa da invasão russa de seu país.
Belarus foi usada como preparação para o que Moscou chama de “operação militar especial”.
Kasatkina foi uma das poucas atletas russas a se manifestar contra a guerra, chamando-a de “um pesadelo total”. No domingo, ela foi apoiada pela popular cantora russa Zemfira, que deixou o país por se opor à invasão.
Zemfira foi incluída em uma lista de agentes estrangeiros do Ministério da Justiça da Rússia em fevereiro, alegando que ela apoiava a Ucrânia e criticava a invasão.
Após sua derrota por 6-4 e 7-6 (5), Kasatkina deu um sinal de positivo para Svilotina e Svitolina também foi vista levantando o polegar. Não ficou claro se o gesto foi dirigido a Kasatkina.
Svitolina, no entanto, disse: “Muito grata pela posição que assumiu. Sim, ela é uma pessoa muito corajosa em dizer isso publicamente.”
Mas Kasatkina foi vaiada pela multidão.
“Deixando Paris com um sentimento muito amargo. Todos esses dias, depois de cada partida que joguei em Paris, sempre apreciei e agradeci a torcida pelo apoio e por estar lá para os jogadores”, escreveu a jogadora de 26 anos no Twitter.
“Mas ontem fui vaiada por apenas respeitar a posição da minha adversária de não apertar a mão. Eu e Elina mostramos respeito uma pela outra depois de uma partida difícil, mas sair de quadra daquele jeito foi a pior parte de ontem.”
“Vamos ser melhores, amar uns aos outros. Não espalhem ódio”, completou.
Por Julien Pretot