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Sábado, Novembro 23, 2024

Tanzânia ajuda moçambicanos a regressar a Cabo Delgado

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FONTE:RFI

O governo da Tanzânia está ajudar os moçambicanos, que se refugiaram no país, a regressar a Cabo Delgado. A informação foi avançada pela Diocese de Pemba que está preocupada com os cidadãos que permanecem na fronteira entre os dois países, sem a possibilidade de chegar a um lugar seguro.

As autoridades da Tanzânia disponibilizaram transportes para garantir o regresso dos moçambicanos que se refugiaram no país, após os ataques jihadistas que ocorreram na vila de Palma, no passado dia 22 de Fevereiro.

A informação foi avançada pelo administrador apostólico da diocese de Pemba, Dom António Juliasse Sandramo, que está preocupada com os cidadãos que permanecem na fronteira entre os dois países, sem a possibilidade de chegar a um porto seguro.

«Fica agora a preocupação de haver na fronteira, do lado da entrada ainda muitos irmãos que não têm transporte para chegar até ao centro do distrito de Mueda», disse.

A igreja católica está a prestar assistência alimentar aos aos moçambicanos que estão a regressar, integrando-os em centros transitórios na cidade de Pemba e na vila de Mueda

«Temos a nossa escola que é intercalada também por outras organizações que levam em take away (pronto a comer), nós levamos comida quente, em panelas», detalhou.

A igreja católica tem estado a pedi às autoridades moçambicanas para devolverem a paz e a tranquilidade às população das zonas afectadas pelos ataques terroristas como a vila sede de Palma, onde já não há civis.

Este domingo o arcebispo de Maputo, Francisco Chimoio, apelou à solidariedade dos moçambicanos e dos países vizinhos para as vítimas da violência armada em Cabo Delgado, considerando que esta preocupação pode “minimizar o seu sofrimento”.

Também o Papa Francisco lembrou, a população de Cabo Delgado, em Moçambique, numa referência às vítimas do “terrorismo internacional”, durante a sua mensagem de Páscoa.

Os ataques provocaram dezenas de mortos e obrigaram milhares de moçambicanos a fugir das suas casas, agravando uma crise humanitária que atinge cerca de 700 mil pessoas na província, desde o início do conflito, segundo as Nações Unidas.

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