Duzentos e 50 milhões de dólares é o valor da dívida da companhia aérea angolana TAAG com fornecedores internacionais, disse hoje o administrador não executivo da companhia, Rui Carreira.
Falando à imprensa, no acto de balanço dos 100 primeiros dias do novo conselho de administração da empresa, Rui Carreira referiu que a dívida deixada pela gestão anterior era de 1,2 mil milhões de dólares.
O gestor explicou que, no quadro do saneamento das dívidas da empresa, foram certificadas USD 250 milhões com fornecedores internacionais, após a injecção de mais de 700 milhões de dólares pelo Estado.
Na ocasião, o presidente do Conselho Executivo (PCE), Eduardo Soria, disse que o processo de privatização está para os próximos 24 meses, devido ao momento de incertezas no sector aeronáutico e da pandemia.
Por sua vez, a presidente do Conselho de Administração da TAAG, Ana Major, disse que, acerca da gestão de custos, com a sua liderança, foi possível melhorar a tesouraria, saindo de seis para 180 dias de fluxo de caixa.
Salientou igualmente que algumas medidas tomadas pela nova administração, como poupança em alugueres, encerramento de certos espaços, permitiram maior controlo de despesas, resultando, assim, na poupança de cerca de 20% em algumas áreas da empresa.
Sem precisar datas, a responsável avançou que a empresa tem dois mil e 700 trabalhadores e, no âmbito da reestruturação, pretende-se reduzir a força de trabalho.
A TAAG foi criada em 8 de Setembro de 1938 como “Divisão dos Transportes Aéreos” (DTA), subordinado à Direcção dos Serviços de Portos, Caminhos de Ferro e Transportes de Angola. No entanto, as suas operações iniciaram-se de facto em 1940. Só em 1975, após a proclamação da independência de Angola, a empresa é nacionalizada e transformada em companhia de bandeira de Angola.