Numa das acções sem precedentes no país, o Banco de Moçambique interditou o Standard Bank, de toda a actividade cambial, por um período de até um ano. Na sua justificação, o Banco Central diz ter descoberto graves infracções, que incluem a instalação e implementação de uma rede de pagamentos ilegal sediada fora do país.
A decisão do Banco de Moçambique divide opiniões, mas para o economista Yassifir Ibrahimo, pelos argumentos apresentados, há mérito na decisão.
“O Standard Bank é um banco robusto em divisas e transacções correntes tem alguma potencialidade de gerar influências na taxa de câmbio, forçando a depreciação do Metical e uma possível apreciação do dólar norte-americano para materializar aquilo que são os seus ganhos e reduzir as perdas derivadas desses indicadores, disse Ibrahimo.
Mérito ou demérito à parte, o facto é que uma decisão destas para o banco com forte peso no sistema financeiros nacional terá um impacto nos clientes, a todos os níveis. O Economista Egas Daniel fala do que podem ser os estrangulamentos.
“Uma mudança abrupta deste actor relevante que será repassado a outros bancos, tem sempre um impacto em termos de tempo e de burocráticos, em termos de transacções que podem ser adiadas e há que saber, até que ponto teremos uma fluidez suficiente no sistema financeiro capaz de minimizar as perdas para os agentes económicos, principalmente para as grandes corporações,” salientou Daniel.
Através de um comunicado de imprensa, o Standard Bank diz estar comprometido a fazer negócios de forma ética e responsável e continuará a dialogar com o Banco de Moçambique para esclarecer todas as alegações e salvaguardar os interesses dos clientes.