Os campeões dos campeões bateram o Borussia Dortmund por 3-2 e conquistaram o quinto título no ano de 2020.
Quíntuplo! O Bayern Munique conquistou o quinto troféu no ano civil de 2020. Bundesliga, DFB-Pokal, Liga dos Campeões, Supertaça Europeia e Supertaça da Alemanha. Esta quarta-feira (30.09), os octacampeões alemães bateram o Borussia Dortmund por 3-2, na Allianz Arena, à porta fechada.
Bayern Munique 3-2 Borussia Dortmund
As duas equipas chegaram a esta final com uma derrota na 2ª jornada da Bundesliga. O Borussia Dortmund havia perdido em casa do Augsburgo por 2-0, enquanto o Bayern Munique tinha sofrido a primeira derrota em 2020 e por uns expressivos 4-1 em casa do Hoffenheim.
Logo aos 18 minutos, situação de contra-ataque para o Bayern Munique. O lance começa num pontapé de canto… do Dortmund. Alívio de Pavard, Davies sai a jogar, vira o flanco para Lewandowski que encontra Tolisso sozinho a entrar na grande área. O francês recebeu o passe e chutou de primeira. Num primeiro momento, a bola foi à trave, mas na recarga, Tolisso empurrou para o 1-0.
Aos 32 minutos, o Bayern Munique dobrou o marcador por intermédio de Thomas Müller. Cruzamento do lado esquerdo de Alphonso Davies ao 2º poste, onde Müller apareceu e antecipou-se a Passlack. Aos 39 minutos, o Borussia Dortmund reduziu, através de Julian Brandt. Passe de Erling Haaland e já dentro da grande área, Brandt fuzilou Neuer, sem hipótese para o guardião alemão.
Jogo relançado para a 2ª parte. O Bayern Munique tentou manter mais a posse de bola, de forma a gerir o esforço físico e a chamar mais o Dortmund, para abrir espaço para o contra-ataque dos bávaros. No entanto, isso ajudou a maior frescura física do Dortmund para pressionar mais alto e roubar tempo e espaço para o Bayern pensar com bola. Depois de uma oportunidade de golo desperdiçada por Meunier, na cara de Neuer, Haaland, aos 55 minutos, recebeu um passe a rasgar os centrais de Delaney e de primeira, bateu Manuel Neuer. 2-2 e o Dortmund foi para cima do Bayern Munique.
Momento do jogo
Aos 60 minutos, lance praticamente a papel químico do golo do empate. Haaland foi isolado, olhou para a baliza, bateu de esquerda, mas Neuer, numa defesa para o museu do Bayern Munique, evitou aquele que seria o golo da remontada e que poderia catapultar o Dortmund para a revalidação do troféu. Se esta defesa ficará para a história deste jogo, o que dizer da decisão de Lucien Favre, de tirar Haaland aos 68 minutos, para colocar o menino brasileiro, Reinier?
O Borussia Dortmund perdeu a única referência ofensiva da equipa, capaz de manter respeito aos centrais do Bayern Munique e puxar a equipa para o ataque com ele. O jogo voltou a equilibrar, o Dortmund desacreditou e o Bayern Munique acabou por chegar ao golo da vitória aos 82 minutos.
Joshua Kimmich recebeu um grande passe de Lewandowski para o meio da grande área e na cara de Hitz, Kimmich não marcou à primeira, mas marcou à segunda tentativa. Hitz defendeu o primeiro remate, a bola ressaltou para a frente e com Kimmich já no chão, o médio alemão fez um esforço sublime, quase que anti-natura e de pé esquerdo, empurrou a bola para o fundo da baliza. Vitória da equipa que acreditou mais até ao fim dos 90 minutos.
Hansi Flick
Aconteça o que acontecer, é um nome que ficará para a história do Bayern Munique, do futebol alemão e mundial. Hansi Flick, o treinador interino que virou o comandante da conquista do segundo quíntuplo da história do Bayerm Munique. O primeiro foi em 2013, sob o comando de Jupp Heynckes. Essa equipa só não ganhou a Supertaça da Alemanha, algo que Hansi Flick já tratou de cobrir essa “falha”. Caso o Mundial de Clubes da FIFA ocorra (Dezembro), o Bayern Munique pode igualar o recorde do Barcelona de Pep Guardiola em 2009, que conquistou todos os seis títulos possíveis. Infelizmente, os tempos são incertos e o futebol irá à deriva das decisões políticas, no âmbito da pandemia da Covid-19.
Menção honrosa
Foi a primeira mulher a arbitrar a final da Supertaça da Alemanha. Mas, mais do que um jogo, Bibiana Steinhaus foi a primeira árbitra do futebol alemão e europeu, a comandar um jogo de futebol sénior masculino 11 para 11. Tudo começou em 2007. 13 anos depois, a senhora Bibiana retira-se da arbitragem como seis vezes a melhor árbitra para a DFB (Federação Alemã de Futebol). Certamente, a pioneira na criação de um caminho para a igualdade no futebol.