No Sudão, centenas de manifestantes voltaram a sair às ruas nesta sexta-feira, 1 de Julho, para protestar contra o poder militar que vigora no país desde o ano passado. Os sudaneses acusam o general Abdel Fatta al-Burhane, autor do golpe de Estado, de ter mergulhado o Sudão numa crise política e económica.
Centenas de sudaneses voltaram a sair às ruas, esta sexta-feira, desafiando a forte repressão do dia de ontem que fez pelo menos nove mortos, incluindo uma criança.
Nas ruas de Cartum e em outras outras cidades do país, os manifestantes voltaram a pedir a demissão de al-Burhane, ostentando fotografias das 113 vítimas que perderam a vida durante o golpe de Estado de 25 de Outubro de 2021.
O Sudão, um dos Estados mais pobres do mundo, vive uma onda de protestos contra o golpe de Estado perpetrado pelo general Abdel Fattah al-Burhane. Desde então, o país foi suspenso da União Africana e deixou de receber ajuda internacional e a população acusa al-Burhane de ter mergulhado o país numa crise política e económica.
O golpe de Estado acabou com a presença civil no poder, uma condição que havia sido estipulada durante as negociações para a transição democrática iniciada em 2019, depois de 30 anos de ditadura de Omar al Bashir.
O dia 30 de Junho é um dia importante para os sudaneses que assinalam o aniversário do golpe de Estado que provocou a queda ditador Omar al-Bashir e o início das manifestações de 2019 que levaram os generais a integrar os civis no poder.