Em apenas quatro meses, entre Junho e Setembro de 2021, pelo menos 440 civis morreram nos confrontos entre os apoiantes do Presidente Salva Kiir e do seu rival, o vice-presidente, Riek Machar.
O relatório da ONU, publicado nesta terça-feira, é explícito. As violências no Sudão do Sul fizeram pelo menos 440 vítimas mortais entre os civis, 18 feridos, e traduziram-se igualmente por 74 raptos na região de Tambura, no Sudoeste do território.
Segundo esse mesmo relatório, essas mortes ocorreram devido a confrontos entre os apoiantes do partido do Presidente – SSDF – e os seus adversários do movimento do vice-presidente – SPLM/A-I0.
Para além das vítimas mortais, 64 civis foram alvos de violência sexual, e pelo menos 56 pessoas permanecem desaparecidas.
Por fim, a ONU contabiliza cerca de 80 mil deslocados devido a esses conflitos.
Recorde-se que o Sudão do Sul é o país mais jovem do mundo, tendo sido declarado independente em 2011.
Todavia, entre 2013 e 2018, o país entrou numa guerra civil sangrenta entre os apoiantes de Riek Machar e de Salva Kiir que provocaram cerca de 400 mil mortos.
Um acordo de paz assinado em 2018 estipula que Salva Kiir é o Presidente do país, enquanto o seu adversário Riek Machar é o vice-presidente.
No entanto, este acordo não tem sido respeitado e a violência continua a fazer vítimas no Sudão do Sul.