O Governo são-tomense e a Organização Nacional dos Trabalhadores de São Tomé e Príncipe-Central Sindical (ONTSTP-CS) retomaram nesta terça-feira,7, as negociações em torno ao pacote de reajuste salarial visando evitar a greve geral na Função Pública, cujo início está marcado para sexta-feira, 10.
A maior central sindical do país está contra a proposta apresentada pelo Governo há cerca de 6 meses e avança com outra proposta de fixação de um salário mínimo na Função Pública.
A ONTSTP exige também a implementação do subsídio de férias para os trabalhadores do Estado.
Na segunda-feira, as partes estiveram reunidas para negociar o caderno reivindicativo dos trabalhadores, mas não chegaram a qualquer acordo.
“Neste momento os principais pontos da nossa reivindicação são o pagamento do subsídio de férias e a fixação do salário mínimo na função pública”, disse Albertino Castro, porta-voz da ONTSTP que, no entanto, não avançou a proposta da central sindical sobre o valor do salário mínimo na função publica.
“Por enquanto nós não chegamos a nenhum acordo e a ONTSTP mantém as suas exigências”, afirmou o sindicalista, sublinhando que, “se esta central sindical não chegar a acordo com o Governo a Função Pública são-tomense vai paralisar a partir do próximo dia 10 de Dezembro”.
Por seu lado, o primeiro-ministro pediu serenidade e disse que “há toda abertura para o diálogo”.
“Eu acho que os funcionários públicos e os sindicatos devem compreender o momento que estamos a atravessar e haverá sempre da parte do Governo abertura para o diálogo”, afirmou Jorge Bom Jesus, garantindo, por outro lado, que o Governo vai pagar ainda esta semana os salários do mês de Novembro em atraso e equaciona meios para o pagamento do 13o. mês ou subsídio de natal aos funcionários públicos.
A VOA apurou que a ONTSTP exige um aumento do salário mínimo nacional de 1.100 para cerca de 4 mil dobras, o equivalente a cerca de 180 dólares.