A Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe rejeitou o pedido do grupo parlamentar da ADI de prorrogar o mandato do actual Presidente da República, tendo em conta o atraso na realização da segunda volta das eleições presidenciais.
O órgão presidido por Delfim Neves, candidato que ficou em terceiro lugar na primeira volta das eleições, a 18 de Julho, e que viu o seu pedido de recontagem dos votos rejeitado pelo Tribunal Constitucional, considera que não existe enquadramento constitucional para a prorrogação do mandato do Presidente da República.
O mesmo parlamento também adiou para esta sexta feira, 13, a discussão inicialmente agendada para hoje, 12, do projecto de lei excepcional que fixa a data da segunda volta das eleições presidenciais para 29 de Agosto.
O analista Liberato Moniz advinha mais uma crise no processo que visa a eleição do novo Presidente da República de São Tomé e Príncipe.
“Fico com a impressão que os políticos preferem não encontrar solução atempada para os problemas do país, de forma que possam tirar benefícios ao seu favor” diz Moniz.
Outro analista Celso Junqueira espera que as instituições envolvidas no processo eleitoral aprendam com os erros e poupem a imagem do país.
“Espero que não venha a acontecer tudo o que já assistimos na primeira volta das eleições”, afirma Junqueira.