A Sonangol registou um volume de negócios de 12,6 mil milhões de dólares, em 2022, e resultados operacionais estimados em USD 4,9 mil milhões, observando-se um incremento de 44% face a 2021.
Os resultados do desempenho da petrolífera nacional, provisórios por não terem sido ainda auditados, foram apresentados, esta sexta-feira, pelo presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Gaspar Martins, em conferência de imprensa, no quadro do seu 47º aniversário.
Dos dados apresentados realça-se o facto de a Sonangol ter registado o maior volume de negócios anual desde a sua separação da função concessionaria, com um volume de negócios 42% , acima de 2021, e um EBIDTA (resultados operacionais antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) superior a 44% aos registos de período homólogo, perspectivando resultado líquido positivo.
A petrolífera diz ter registado um incremento de 46% nos investimentos e uma redução da dívida com os seus fornecedores.
De acordo com Gaspar Martins, estes resultados decorrem, fundamentalmente, da conjugação das vendas de petróleo bruto e produtos refinados, associados a uma evolução positiva dos preços do barril no mercado internacional.
Neste período em análise, a empresa diz ainda ter cumprido de forma integral com todos os acordos internacionais.
Direito da produção na ordem dos 18%
De acordo com Gaspar Martins, a Sonangol tem direito de 18% da quota parte da produção nacional, estando presente em 35 concessões petrolíferas, dos quais nove por si operados.
Neste período, a petrolífera registou, também, aumento da actividade de exploração, com a perfuração de 42 poços, dos quais quatro estão em exploração, 25 “ infill”, perfurados em zona não drenada pelos poços existentes e 13 em desenvolvimento, tendo-se identificado 210 milhões de barris de recursos prospectivos.
A Sonangol, segundo Gaspar Martins, o ano de 2022 foi marcado com a definição da Estratégia de Transição Energética da petrolífera nacional, para o período 2022-2030, que se pretende que seja feita com a utilização de hidrocarbonetos como fonte de financiamento do processo, tendo o gás como fonte de energia transitória para as energias renováveis.
Foi asssinalável a integração da empresa como membro efectivo do Comité Nacional de Coordenação para a implementação da Iniciativa de Transparência das Indústrias Extractivas (EITI) e o lançamento do projecto de elaboração do 1º Relatório de ESG (Governança Social e Ambiente).NE/PPA