A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) e parceiros, estão a investir 83.7 milhões de dólares em dois projectos de energia renováveis no Sul de Angola (Huila e Namibe), com produção prevista, em rede pública, para 2022.
Trata-se de obras em fase de execução nas regiões de Quilemba (Huila, com USD 36,7 milhões) e de Caraculo (Namibe, com USD 37 milhões), em parceria com as firmas Eni (da Itália) e Total (França), segundo Sebastião Gaspar Martins.
O presidente do Conselho de Administração da Sonangol explicou que nas duas regiões estão a ser instalados projectos de energias renováveis fotovoltaica de 37 megawatts (em Quilemba) e de 25 (em Caraculo), respectivamente.
Intervindo no Fórum sobre “Oportunidades de Negócios em Angola nos domínios da Mineração, Petróleo e Gás” explicou que para projecto de Caraculo, em parceria com a Eni, poderá ser acrescido outros 25 megawatts na sua segunda fase, perfazendo 50 megawatts.
Enquanto isso, clarificou o gestor, com a parceria da Total, o projecto do Quilemba (Huila) poderá evoluir para 80 megawatts.
“Se tudo correr de acordo com o que estamos a prever, em 2022 temos as primeiras produções de energias renováveis nesse dois projectos”, perspectivou Gaspar Martins, durante o evento de sexta-feira, dirigido a diplomatas,
Além destes projectos, a Sonangol já está a projectar, de forma preliminar, o seu futuro Centro de Investigação, na província do Cuanza Sul, também no quadro da transição para produção de energias renováveis.
Essa iniciativa conta com a experiência da República Federativa da Alemanha, e vai servir para a investigação de produtos do sector petrolífero e das energias renováveis.
Outro projecto em fase avançada da petrolífera nacional está ligado à aquisição de volume de gás suficiente, para abastecer a central de um ciclo combinado, já em funcionamento, bem como apoiar a instalação de fábricas de fertilizantes a serem instaladas em Angola.