Militares dos Estados Unidos da América informaram no domingo que 12 militantes do al-Shabab foram mortos num novo ataque aéreo, no centro da Somália.
O Comando dos Estados Unidos em África, conhecido como AFRICOM, disse em comunicado que o ataque de “autodefesa colectiva” ocorreu a 10 de Fevereiro “a pedido do Governo Federal da Somália”.
O ataque ocorreu numa área remota a aproximadamente 45 quilómetros a sudoeste da cidade portuária de Hobyo, no Oceano Índico, cerca de 472 quilómetros a nordeste de Mogadíscio, segundo o comunicado.
O AFRICOM não especificou o local, mas a imprensa do governo somali informou que ocorreu em Donlaye, perto da cidade de Amara, no estado de Galmudug. O governo somali afirmou que 117 militantes foram mortos na operação de sexta-feira.
O brigadeiro-general Mohamed Tahlil Bihi, comandante de infantaria do exército nacional da Somália, disse à imprensa estatal que os militantes estavam em trincheiras lutando contra as forças do governo somali. Ele também confirmou que um ataque aéreo atingiu os militantes durante o tiroteio com as forças somalis.
O AFRICOM disse que o ataque ocorreu num local remoto e que nenhum civil foi ferido ou morto.
“O Comando dos Estados Unidos em África continuará a avaliar os resultados desta operação e fornecerá informações adicionais conforme apropriado”, diz o comunicado. “Detalhes específicos sobre as unidades envolvidas e os activos utilizados não serão divulgados para garantir a segurança das operações.”
É o terceiro ataque de “autodefesa colectiva” dos militares dos EUA na Somália este ano.
Os dois ataques anteriores ocorreram a 20 de Janeiro, perto da cidade de Galcad, matando aproximadamente 30 combatentes do al-Shabab, e a 23 de Janeiro, perto da cidade de Harardhere, matando dois militantes.
Além disso, os EUA conduziram uma operação de contra-terrorismo a 26 de Janeiro, que matou Bilal al-Sudani, um importante comandante do ramo do Estado Islâmico na Somália, nas montanhas Cal-Miskaad, na região semi-autónoma de Puntland.
O governo da Somália tem se engajado em operações militares destinadas a recuperar territórios do al-Shabab. Os governos dos EUA e da Turquia têm fornecido apoio aéreo ao exército somali.
Ambos os governos também estão a treinar forças de elite da Somália, que estiveram na vanguarda das recentes operações militares.