Hoje e amanhã decorre na Huíla, no sul do país, uma mesa de redonda organizada pela sociedade civil sobre o impacto da seca que afecta as populações locais e que já levou milhares de pessoas a abandonar o país rumo à Namíbia, em busca de apoio.
As organizações da sociedade civil e de Direitos Humanos iniciaram hoje, na Província da Huíla, no sul de Angola, uma Mesa Redonda sobre a problemática da seca que afecta as populações locais.
Activistas, académicos e entidades religiosas vão discutir sobre o direito da população à alimentação e o impacto da seca na vida humana, animal e ambiental que afecta mais de um milhão de pessoas no centro e no sul de Angola.
Durante este encontro de dois dias vai ser feito um diagnóstico da seca e dos mecanismos para estabelecer o diálogo com as autoridades e as organizações não-governamentais no intuito de encontrar soluções para esta situação que dura há largos meses e coloca estas zonas no limiar de uma catástrofe humanitária.
Segundo activistas, a situação das populações do Município dos Gambos, na Província da Huíla, é particularmente crítica, as populações não tendo sequer alimentos para sobreviver.
Entretanto, o Governo com o apoio de empresários anunciou o reforço à assistência às populações afectadas e a implementação de projectos capazes de minimizar a estiagem no centro e sul de Angola, nomeadamente nas províncias da Huíla, Cunene, Kuando Kubango, Namibe e Huambo.
Milhares de angolanos já abandonaram a Província do Cunene com destino à Republica da Namíbia, em busca de alimentos e serviços médicos.