Várias organizações da Sociedade Civil estão preocupadas com a não prestação de contas, dos gastos do erário público, nas despesas para o combate a Covid-19, principalmente com a terceirização dos serviços ligados a pandemia. Por isso, solicitam ao Executivo liderado pelo Presidente João Lourenço, a prestação de contas da covid-19.
Com a explosão da quarta vaga da Covid-19 em Angola, o Governo continua a envidar esforços para o combate da pandemia, numa altura que, os angolanos não sabem, nem fazem ideia de quanto o Estado Angolano já terá gastado para o controlo da pandemia no País.
Salvador Freire, da Associação Cívica Mãos Livres, entende que sem a prestação de contas a boa gestão deste processo fica comprometida.
“A falta de prestação de conta relacionada ao combate à pandemia constitui uma gestão não transparente, é preciso que o Executivo preste contas para dar exemplo e a falta de prestação cria constrangimentos aos cidadãos porque não sabem em certo o que está por detrás de tudo isso”, afirma Freire.
Já Serra Bango, presidente da Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD), lamenta que os custos das operações com a pandemia não sejam justificados nem declarados.
“A terceirização dos serviços, ninguém nos diz quanto é que Governo está a pagar às empresas que prestam serviços ao Ministério da Saúde, é necessária a prestação de contas porque a terceirização desses serviços engorda os bolsos de muito boa gente”, aponta Bango.
Aquele activista social diz também não perceber determinadas engenharias utilizadas neste combate à pandemia da Covid-19 e pergunta “por que estão a restringir a TAAG quando as outras companhias vêm e voltam”.
Angola registou nas últimas horas menos casos que no dia anterior, 1.688 e quatro óbitos
Dos novos casos, 1.123 foram registados em Luanda.