A passagem de um ciclone – pelo sul do Brasil causou grandes inundações e a morte de pelo menos 42 pessoas desde o último fim-de-semana, enquanto outras 25 continuam desaparecidas.
De acordo com o último boletim oficial, divulgado na quinta-feira, a região mais afectada é o Rio Grande do Sul, o estado mais ao sul do Brasil, onde há 41 mortes, cinco a mais que na véspera, enquanto a outra vítima mortal foi registada no estado vizinho de Santa Catarina.
No Rio Grande do Sul, 10 mil e 551 pessoas continuam deslocadas das suas casas nos 83 municípios afectados, onde foram registadas enchentes que invadiram casas e destruíram diversas pontes.
A cidade mais afectada é o município de Muçum, onde foram registadas 15 mortes e nove pessoas continuam desaparecidas após a enchente do rio Taquari, que inundou a região.
No município de Arroio do Meio foram registadas mais oito pessoas desaparecidas e em Lajeado, outras oito, de acordo com o mais recente balanço da Secretaria Nacional de Protecção e Defesa Civil.
Pelo menos 16 estradas na região foram fechadas parcial ou totalmente devido a inundações e danos em pontes, enquanto várias cidades permanecem isoladas.
A Marinha do Brasil disse que está a colaborar nos esforços de resgate de pessoas que ficaram presas após terem subido aos telhados das suas casas para se salvarem das enchentes.
O governo do Rio Grande do Sul declarou na quinta-feira o estado de calamidade para fazer face àquele que é já o maior desastre natural da história do estado.
A Defesa Civil emitiu um novo alerta para temporais, chuvas intensas, choques eléctricos, inundações e eventual queda de granizo e fortes rajadas de vento em todo o Rio Grande do Sul para hoje, devido à passagem de uma nova frente fria.
Em Junho, o Rio Grande do Sul já havia sido atingido por um ciclone que deixou 16 vítimas, na altura o pior evento desse tipo na história do estado.