O software anti-stall da Boeing repetidamente forçou para baixo o nariz de um jato etíope depois que os pilotos o desligaram, disseram fontes à Reuters, enquanto os investigadores examinam o papel desempenhado pela tecnologia e pela tripulação no acidente de 10 de Março.
Um relatório preliminar etíope sobre o desastre deve ser publicado dentro de dias e pode incluir evidências de que o sistema de software tenha entrado em ação quatro vezes antes de o 737 MAX mergulhar no solo, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto.
Não ficou claro se a tripulação etíope decidiu reimplantar o sistema, o que empurra o Boeing 737 MAX para baixo para evitar a perda de sustentação. Mas uma das fontes disse que os investigadores estavam estudando a possibilidade de o software ter começado a funcionar novamente sem intervenção humana.
Um porta-voz da Boeing recusou-se a comentar. Investigadores etíopes não estavam disponíveis para comentar.
O acidente na Etiópia levou a uma suspensão global dos jatos 737 MAX e ao escrutínio de seu processo de certificação. Os resultados iniciais da investigação do acidente serão divulgados em poucos dias.
As apostas são altas. O 737 MAX é o jato mais vendido da Boeing, com quase 5 mil pedidos. A Ethiopian Airlines também está no meio de uma unidade de expansão, enquanto outros clientes do 737 MAX e famílias das vítimas querem respostas e potencialmente compensação.