Segundo o ministério da defesa do Azerbaijão, sete elementos das suas forças morreram ontem em confrontos com militares arménios no Nagorno-Karabakh, região cujo controlo é disputado por ambos os países que no ano passado estiveram em conflito aberto durante largas semanas.
O conflito só terminou com um acordo em que a Arménia se viu obrigada a ceder ao Azerbaijão territórios incluídos na região secessionista do Nagorno-Karabakh.
Enquanto o governo do Azerbaijão dá conta de sete mortos e 10 feridos no seio das suas forças, do lado arménio fala-se de um soldado morto, 24 desaparecidos e 13 prisioneiros durante estes confrontos, indicando igualmente ter perdido duas posições militares doravante sob controlo de Bacu.
Depois de várias semanas de tensões na zona que faz fronteira entre os dois países, recomeçaram ontem os confrontos abertos em torno da zona montanhosa de Nagorno-Karabakh. Isto apesar da presença no terreno de forças de manutenção da paz russas e apesar também de uma mediação de Moscovo no âmbito da qual, ainda ontem à noite, tinha sido firmado um cessar-fogo. Ambas as partes responsabilizam o campo adversário pela violação deste acordo.
Região maioritariamente povoada de arménios, o Nagorno-Karabakh tentou sair da alçada do Azerbaijão depois da queda do muro de Berlim, motivando uma primeira guerra na década de 90 que causou a morte de mais de 30 mil pessoas e fez centenas de milhares de refugiados.
Os novos confrontos registados desde ontem acontecem cerca de um ano depois de ter sido assinado sob a égide de Moscovo um acordo colocando fim a um novo conflito em 2020 entre a Arménia e o Azerbaijão, que provocou mais de 6.500 mortos e obrigou Erevan a ceder alguns territórios ao seu inimigo.