A caravana ficou bloqueada à entrada da Província de Velingara, a 570 quilómetros de Dacar, após os primeiros confrontos entre os apoiantes de Ousmane Sonko e a polícia que tem seguido a movimentação destes manifestantes.
Esses confrontos acabaram por causar a morte de um homem de 37 anos, segundo um comunicado das autoridades locais. Essa pessoa foi baleada, mas ainda não se sabe quem esteve na origem dos disparos. Uma autópsia é esperada, enquanto uma investigação foi aberta.
Estas manifestações surgem após o Ministério Público ter pedido 10 anos de prisão por violação ou cinco anos por corrupção de menor contra o opositor político senegalês. Ousmane Sonko é acusado de violação por uma antiga funcionária de um instituto de beleza. O candidato às eleições presidenciais de 2024 esteve ausente do banco dos réus e denunciou uma conspiração do poder para o afastar da vida política.
Ousmane Sonko foi acusado de ter violado, cinco vezes, Adji Sarr no salão de beleza, onde trabalhava a jovem de pouco mais de 20 anos. Adji Sarr descreveu os crimes cometidos entre Dezembro de 2020 e Fevereiro de 2021 e denunciou ter sido ameaçada de morte.
Ousmane Sonko, 48 anos, político popular entre os jovens, diz ter ido fazer uma massagem para aliviar dores crónicas nas costas. Sempre negou as acusações de violação e difamação, defendendo ter sido criada uma conspiração do poder para o afastar da eleição presidencial.
O opositor está agora a caminho de Dacar, a capital senegalesa, para “o combate final”, como ele declarou após o anúncio do Ministério Público.
A caravana ainda tem um longo caminho pela frente, mas o Ministério do Interior já avisou que qualquer manifestação ou caravana de protestos tem que ser declarada às autoridades e esta dos apoiante de Ousmane Sonko não foi declarada e é ‘ilegal’.
O cortejo deve seguir, agora, viagem para Tambacounda. O trajecto que é complicado segundo Ousmane Sonko que não esperava ser seguido pela polícia tão longe da capital senegalesa.
O político senegalês quer chegar a Dacar, pelo menos, na quinta-feira para ficar a conhecer a sentença final do seu processo. O Ministério do Interior lembrou que as autoridades poderão agir com “todas as medidas necessárias para preservar a ordem pública”.
Por Marco Martins