O socialista Andrés Arauz, delfim do antigo Presidente Rafael Correa, vai enfrentar o conservador Guillermo Lasso na segunda volta das eleições presidenciais de 11 de Abril no Equador, anunciou o Conselho Nacional Eleitoral.
O economista Andrés Arauz ficou em primeiro lugar na primeira volta, com 32,72% dos votos, contra 19,74% do antigo banqueiro de direita Guillermo Lasso.
Arauz, herdeiro políticos do antigo Presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), venceu a primeira volta com 32,72% dos votos, seguido por Lasso, com 19,74%, e o líder indígena Yaku Pérez com 19,39%, segundo a proclamação dos resultados pelo secretário do CNE, Santiago Vallejo.
O vencedor da segunda volta das presidenciais sucederá Lenín Moreno, antigo aliado de Rafael Correa, cujo mandato de quatro anos terminará em 24 de Maio.
O centrista Xavier Hervas ficou em quarto lugar com 15,68% dos votos e os demais candidatos, incluindo a oficial Ximena Peña, única mulher – conquistaram um apoio não superior a 2% dos votos.
Guillermo Lasso, conservador de 65 anos, lidera a oposição a Rafael Correa, que o venceu nas eleições presidenciais de 2013. Além do confronto entre a esquerda e a direita, “tem a luta correismo-anticorreismo”, afirmou o politólogo à agência de notícias AFP, Esteban Nichols, da Universidade Andina Simón Bolívar de Quito.
Andrés Arauz, antigo ministro de Rafael Correa, não conseguiu conquistar a presidência à primeira volta. Segundo o politólogo, Andrés Arauz herdou o eleitorado do antigo governante socialista, que vive na Bélgica desde que deixou o poder e foi condenado em 2020 a oito anos de prisão por corrupção.
Para defender os votos de Yaku Pérez, vários grupos indígenas realizaram vigílias pacíficas em frente à sede da CNE, em Quito. Na quarta-feira, iniciaram uma “marcha pela democracia” em Loja, perto da fronteira com o Peru, com a intenção de chegar à capital equatoriana na próxima terça-feira.
A demora na divulgação dos resultados e a disputa entre Lasso e Pérez levaram as Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos a exigirem “transparência” na contagem dos votos.
Nas eleições de 7 de Fevereiro, também foram ainda nomeados os 137 membros da Assembleia Nacional, sem que nenhum partido tivesse alcançado a maioria.