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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Secretário-geral da ONU, condena repressão praticada por militares em Myanmar

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FONTE:RFI

Nos tempos modernos em que vivemos é inadmissível que regimes militares assaltem o poder, reprimem a população e metam na cadeia civis e políticos. Foi nesses termos que o secretário-geral da ONU, António Guterres, reagiu ontem à repressão dos militares contra centenas de manifestantes em Myanmar, antiga Birmânia.

O secretário geral da ONU, o português, António Guterres, condenou ontem a repressão e a violência dos militares contra manifestantes civis em Myanmar, antiga Birmânia.

António Guterres, que analisava a situação naquele país asiático, reagiu depois da morte de pelo menos dois jovens e a prisão de dezenas de pessoas durante uma manifestação de centenas de milhares de manifestantes denunciando a reposição do poder civil, deposto recentemente por um um golpe militar.

Segundo o secretário-geral da ONU, é inadmíssivel que em plena era moderna haja regimes militares que recorrem brutalmente à força contra o seu próprio povo, meta seus jovens na prisão e pratique limpeza étnica contra uma das suas maiorias, o povo Roynga.

“Estamos a constatar um desrespeito da democracia, o uso de força brutal, prisões arbitrárias e repressão em todas as manifestações, restrições de direitos de reunião pública e ataques contra a sociedade civil, violações sérias contra minorias, não respeito da vida humana incluindo o que foi chamado correctamente de limpeza étnica contra a população Rohinga e a lista continua, tudo com o fito de reprimir esse povo minoritário.

“Assim hoje apelo aos militares de Myanmar a parar imediatamente, libertar os prisioneiros, suspender os actos de violência e respeitar os direitos humanos e a vontade do povo expressa nas recentes eleições porque isso tipo de arbitrariedades já não tem mais lugar no mundo moderno.”

Palavras de António Gueterres, secretário-geral da ONU, condenando a violência dos militares contra civis e políticos em Myanmar, tendo apelando ao fim da repressão e a um diálogo entre todos os actores políticos civis e militares amantes da democracia e do Estado de direito e do respeito dos instrumentos internacionais.

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