Angop
As autoridades sanitárias no país solicitaram neste domingo a ajuda das igrejas na Campanha de Bloqueio da Poliomielite, que assola regiões como a Lunda Norte, Huíla e Huambo.
O apelo foi expresso pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, durante uma visita às igrejas Católica, IECA e União na vila do Chitembo, tendo solicitado também aos seus líderes maior controlo de crianças não abrangidas pela vacina.
A governante efectuou também visita de supervisão às brigadas de vacinação distribuídas em algumas aldeias e arredores da vila do Chitembo e assegurou o auxílio do seu ministério para o êxito da fase “zero” da presente campanha.
Por seu turno, o Governador do Bié, Pereira Alfredo, que considerou a missão especial, admitiu haver alguma dificuldade para o alcance da meta preconizada de vacinação, em virtude de os pais e outros encarregados levarem as crianças para as lavras nos dias úteis.
Realçou ser pretensão do Governo local que o Chitembo seja uma referência a nível nacional na prevenção de doenças contagiosas que atacam sobretudo crianças.
Dados da equipa do Departamento de Saúde Pública no Bié, destacada no Chitembo, dão conta de que durante os dois dias de campanha foram já imunizadas 11 mil e 847 crianças, das 19 mil 30 previstas na província.
Estão disponíveis 23 mil doses de vacinas, 64 equipas, num total de 220 elementos.
A poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contacto directo com fezes ou secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e causar paralisia.
A campanha, cujo acto oficial nacional do lançamento decorreu, sexta-feira, no Bié, abrange mais de 340 mil crianças, dos zero aos cinco anos de idade, das províncias do Bié, Cuando Cubango, Huambo, Huíla e Cunene.
A actividade decorre em três fases e de forma interpolada, durante duas semanas.