Envolta em incertezas a transladação do corpo do «Arquitecto da Paz», um dado assente pode-se avançar: a construção da «última morada» caso o Governo vença a briga judicial travada com a família de JES.
As obras para a construção de um sarcófago onde vai ser enterrado o ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, decorrem a ritmo acelerado, constatou a equipa de reportagem do Novo Jornal.
Numa ronda ao referido espaço, que sita na zona da Praia do Bispo, por detrás do Memorial António Agostinho Neto, foi possível ver o movimento frenético de entrada e saída de camiões carregados de areia e burgau.
Num intervalo de uma semana, «a futura casa» do “Arquitecto da Paz” ganhou vida, saindo dum espaço dominado por uma imensidão de areia para o fluir de zonas pavimentadas e de tendas.
À entrada do perímetro, é visível o asfalto acabado de ser feito, que, segundo as fontes que falaram ao Novo Jornal, levou menos de um dia para terminar.
“Esse asfalto foi feito em um dia. Ontem??[terça-feira, 19], quando saí daqui deixei os homens a preparar o espaço. Hoje, já temos o asfalto terminado. O trabalho aqui não pára”, referiu a fonte, que desenvolve a sua actividade laboral na zona próxima ao espaço.
Outra fonte, um morador da zona, confidenciou que as obras no recinto ganharam forma dois dias depois da morte do ex-Presidente da República, que ocorreu numa sexta-feira, precisamente a 8 deste mês.
Ao atravessar o portão principal, com vestígios de pintura recente, abre-se a vista para o asfalto, que é o caminho aberto para o centro de tudo, a estrutura onde está a ser erguido o sarcófago, que já vai ganhando forma.
Nos preparos para a conclusão da «última morada» do ex-Chefe de Estado, vislumbram-se os blocos e armação que tomam conta do centro das atenções do espaço.
Logo à esquerda do portão principal está um leque de tendas, espaço reservado para as homenagens e último adeus ao ex-Presidente.
Pelo que observou a equipa de reportagem deste semanário, o cenário está todo montado para acolher o homem que liderou o País durante 38 anos.
Debaixo das tendas brancas «perfilam-se» um monte de cadeiras prontas a acolher aqueles que se deslocarem ao recinto para prestarem tributo a JES.
Num outro ângulo, é visível a presença de homens e máquinas na terraplanagem, espaço que deverá servir como parque de estacionamento.