Em São Tomé e Príncipe, a Zapp Malaria, uma organização que tem a sua estrutura central baseada em Israel, suspendeu temporariamente os seus trabalhos no país, uma decisão que poderá colocar em causa a meta de eliminar o Paludismo até 2025.
As autoridades de São Tomé e Príncipe fixaram a data de 2025 para a eliminação do Paludismo no país, mas a dois anos de cumprir este objectivo, a recente decisão da Zapp Malária, de suspender temporariamente o seu trabalho no país, poderá comprometer esta meta, embora não seja decisiva.
Em causa, está a decisão das autoridades são-tomenses, que decidiram não prolongar o compromisso inicial, que mantinham com esta estrutura baseada em Israel.
Ainda assim, nesta estratégia, o país conta com parcerias do Fundo Global, que investe 15 milhões de dólares, com a República Popular da China, e ainda com outros parceiros, como a Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos da América.
Em declarações à RFI, Fernando Bragança, coordenador de operações da Zapp Malaria, em São Tomé e Príncipe, disse que o trabalho da instituição visa eliminar o mosquito, na sua fonte de produção, sobretudo nas comunidades.
“Sabemos onde há águas paradas, portanto, fazemos o rastreio em busca de águas paradas, mapeamos porque utilizamos a tecnologia de informação e de comunicação”, salientou.
A Zapp Malaria tem o seu foco nas comunidades para que se eliminem os plasmódios nos mosquitos. “Temos de matar mosquitos para que, no futuro, os mosquitos que sobrevivam, que continuem, da mesma espécie, sejam limpos, sem o plasmódio porque eles nascem limpos”, sublinhou ainda o responsável.