A 65ª edição da tradicional corrida de atletismo “São Silvestre de Luanda”, que devia acontecer em 31 de Dezembro de 2021, disputa-se apenas este sábado (dia 26), obedecendo o percurso habitual (10 kms), com a participação de atletas de quatro países do continente africano.
Com a presença de cerca de dois mil atletas, dos quais do Quénia, Gâmbia e RDC e Moçambique, a prova só se realiza agora em função do aligeiramento das medidas de prevenção contra a pandemia da Covid-19, que inviabilizou no período anterior, dada a facilidades risco de ajuntamento dos envolvidos. No ano de 2020 também não se realizou devido à pandemia da Covid-19.
Os quenianos, gambianos e moçambicanos, este último que se inscreveu ao limite da data prevista, com dois atletas cada, em ambos os sexos, far-se-ão acompanhar por um chefe de delegação, enquanto os congoleses com um treinador e um líder federativo.
Concorrentes estrangeiros e das delegações das 18 províncias, alojados no Complexo do Futungo, antes procedem ao cumprimento do protocolo da Covid-19, que exige o certificado de vacinação dos participantes.
Por outro, também vem ao país o presidente da federação moçambicana da modalidade, Kamal Badrú, no quadro de um memorando entre Angola, Moçambique e Etiópia no domínio da formação de quadros (técnicos, juízes e cronometristas) e realização de estágios pré-competitivos de delegações dos respectivos países. O acordo terá duração de um ano, renovável.
A São Silvestre, cujo tiro de largada é dado às 18h00, começa no Largo da Mutamba, com passagem pelos largos Serpa Pinto e da Maianga, Avenida Revolução de Outubro, túnel do Prenda, Ho-Chi Minh e Largo das Heroínas.
Prossegue pela avenida Alameda Manuel Van-Dúnem, Avenida Comandante Valódia, Rua da Missão, Cirilo da Conceição, Avenida 4 de Fevereiro, Largo do Baleizão, rua Manuel Fernando Caldeira e chegada no Estádio Municipal dos Coqueiros.
A edição de 2019 foi ganha por Alexandre João, do Interclube, com o registo de 31 minutos, numa edição exclusiva à fundistas nacionais. David Elias (Interclube) e Avelino Sangahali (1º de Agosto) completaram o pódio.
No sector feminino, Ernestina Paulino, do Interclube, venceu com a marca de 36 minutos e 15 segundos. Adelaide Machado (Interclube) e Josefina Baptista (1º de Agosto) destacaram-se na segunda e terceira posições.
Ainda sobre os estrangeiros, que dominam competições de fundo ao nível mundial, em 2018 no território angolano, foi à última conquista do Quénia, com o atleta Mokua Nyaduzi, bem como da Etiópia, em 2012, com Atsedu Tesfaye. Os etíopes lideram o ranking da São Silvestre de Luanda, com 14 vitórias, seguido dos quenianos (7).
O angolano Isidro Louro, em 1954, venceu a primeira edição, seguindo-se em 1955 e 1956, procedido por António Esperança, em 1958, 1959 e 1960. Aurélio Mity e João Ntyamba estão igualmente entre os nacionais que inscreveram os seus nomes na galeria do evento.
Na presente, a São Silvestre orçada em 81 milhões de kwanzas, serão premiados, além dos principais vencedores, masculinos e femininos, as categorias de atletas paralímpicos, veteranos e populares.