As negociações para uma trégua na guerra entre Israel e o Hamas palestiniano retomam esta segunda-feira no Cairo, após um “progresso significativo”, no dia a seguir a um apelo da vice-presidente americana Kamala Harris a um “cessar-fogo imediato” na Faixa de Gaza, sob ameaça de fome.
As negociações para uma trégua na guerra entre Israel e o Hamas palestiniano retomam esta segunda-feira no Cairo, após um “progresso significativo”, no dia a seguir a um apelo da vice-presidente americana Kamala Harris a um “cessar-fogo imediato” na Faixa de Gaza, sob ameaça de fome.
Entretanto o exército israelita prosseguiu os seus bombardeamentos aéreos e por terra a diversos sectores do território palestiniano que, tem estado sob seu cerco desde há cinco meses, a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, principal aliado de Israel, vai multiplicando as apelos a uma trégua.
A macabra contagem dos mortos desde o início da guerra a 7 de Outubro, eleva-se já para 30 534 pessoas na Faixa de Gaza e, segundo o ministério da Saúde do Hamas – balanço ao qual se vieram juntar os 100 mortos dos recentes raids noturnos israelitas – sendo que do lado israelita, de acordo com contagem da AFP realizada a partir de dados oficiais, morreram pelo menos 1 160 pessoas, na sequência do ataque do Hamas em solo israelita, precisamente a 7 de Outubro, conflito com a particularidade de contar tanto de um lado como do outro, com vítimas maioritáriamente civis.
O ataque do Hamas desencadeou como represália por parte de Israel, a promessa de aniquilar o Hamas, lançando uma intensa e incessante campanha de bombardeamentos a Gaza por ar, terra e mar, seguida de uma ofensiva terrestre a 27 de Outubro.
Face ao pesado balanço humano e à catastrófica situação humanitária, representantes do Egipto, do Hamas, do Catar e dos Estados Unidos, retomaram negociações com vista a uma trégua, tendo uma estação televisiva próxima dos serviços secretos egípcios mencionado um “progresso significativo” este domingo.
O Egipto, o Catar e os Estados Unidos que estão a servir de mediadores, tentam há várias semanas obter um acordo de tréguas que permita a libertação dos reféns retidos em Gaza, em troca de prisioneiros palestinianos.
Cerca de 250 pessoas tinha sido raptadas durante o ataque de 7 de Outubro. Uma trégua observada em finais de Novembro, havia permitido a libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinianos.
Segundo o canal de notícias AlQahera News, “O Egipto prossegue os seus intensos esforços visando obter uma trégua antes do ramadão”, um mês de jejum sagrado para os muçulmanos, que este ano começa a 10 ou 11 de Março.
Por Nelson Nascimento com AFP