A RENAMO acusou hoje o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, de “envolvimento” na pré-campanha da FRELIMO, por se ter encontrado com o candidato presidencial do partido no poder, Daniel Chapo.
“A RENAMO, surpreendida, manifesta o seu desagrado sobre este acontecimento e lamenta o envolvimento do Presidente de Portugal na pré-campanha, na esperança de melhor ponderação”, lê-se no comunicado.
O partido RENAMO diz que “viu com estranheza o encontro entre o Presidente da República Portuguesa (…) e o candidato da Frelimo às eleições presidenciais de outubro próximo, Daniel Francisco Chapo”.
O encontro, em momento de pré-campanha eleitoral, pode ser interpretado como “apoio” do chefe de Estado português, em plenas funções, ao candidato presidencial do partido Frelimo e igualmente secretário-geral desta força política, avança-se na nota de protesto.
A RENAMO refere que é fiel ao princípio universal da não-ingerência nos assuntos internos de outros países, estando comprometido com o estreitamente das relações de cooperação e de amizade com o “país irmão” Portugal.
Chapo encontrou-se com Marcelo
O candidato da FRELIMO às eleições presidenciais de 09 de outubro próximo, salientou que, na quinta-feira, primeiro dia da sua estada em Portugal, foi recebido pelo Presidente,
Nas últimas semanas, Daniel Chapo, que também é secretário-geral interino da FRELIMO, tem estado a realizar visitas de apresentação no exterior.
Em 26 de junho, Chapo foi recebido pelo Presidente de Angola, João Lourenço, também presidente do MPLA, com o qual abordou aspetos ligados ao desenvolvimento de Angola e de Moçambique e a cooperação entre os dois países, e de quem recebeu também “garantia de apoio espiritual, moral”.
A RENAMO apoia Ossufo Momade na candidatura às eleições presidenciais de 11 de outubro.
As eleições presidenciais vão decorrer em simultâneo com as legislativas e eleições dos governadores e das assembleias provinciais.
O atual Presidente moçambicano e da Frelimo, Filipe Nyusi, está constitucionalmente impedido de voltar a concorrer para o cargo, porque cumpre atualmente o segundo mandato na chefia de Estado, depois de ter sido eleito em 2015 e em 2019.
Por LUSA