Lançado em 2019, o projecto também beneficia 25 camponeses angolanos residentes nos bairros circunvizinhos e enquadra-se no programa de reintegração socioeconómica dos refugiados que em 2017, devido aos conflitos ectinicos e políticos na RDC, procuraram abrigo e segurança em Angola.
Dos 150 camponeses, incluindo os angolanos , 70 dedicam-se à produção do arroz e 80 produzem milho.
Na quinta-feira, os camponeses começaram a colher o arroz produzido numa área de 80 hectares, cujas previsões indicam para 210 toneladas.
De acordo com a representante da Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo (ADPP) na Lunda Norte, Spelil Roseline Musonza, a inclusão dos refugiados neste projecto, visa, para além da sua reintegração, aproveitar o potencial agropecuário do Lóvua para a produção de alimentos em grande escala, principalmente os cereais.
Disse que no total , o projecto beneficia 200 camponeses, 150 dos quais dedicados a produção de cereais e o resto produzem hortícolas e tubérculos, acrescentando que para além do apoio fincaneiro , através do PAM e do ACNUR, o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), presta assistência técnica regular.
No local, foram criadas 14 escolas de campo, estando a funcionar actualmente, cinco.
Por sua vez, o administrador municipal do Lóvua, António Mussumari, assegurou que a administração municipal vai trabalhar no sentido de prestar os apoios necessários para permitir uma agricultura mecanizada no campo e garantir o aumento das áreas e dos níveis de produção.
Disse que a administração vai também envidar esforços no sentido de melhorar as vias de acesso , para dinamizar o escoamento da produção.
Em 2017 um grupo de 35 mil cidadãos da RDC procuraram protecção na província da Lunda Norte, em Angola, depois de fugirem de actos de violência na região do Kasai, no seu país.
Actualmente, depois de vários processos de repatriamento voluntário e organizados, estão albergados no assentamento do Lóvua, mais de seis mil refugiados.HD