A Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe) marcou para hoje uma concentração em frente à Assembleia da República, para protestar contra as “medidas constantes” nos dois orçamentos do Estado relativas aos reformados.
A concentração, que pretende ser “um grito de protesto contra as medidas de Governo”, realiza-se no dia em que vai ser discutido e aprovado o Orçamento Rectificativo.
“Estamos a convocar uma concentração em frente à Assembleia da República para protestar contra as medidas do Governo no que se refere aos reformados”, disse à agência Lusa a presidente da associação, à margem de uma conferência de imprensa para anunciar a criação do núcleo do Seixal da APRe.
Maria do Rosário Gama adiantou que a APRe convidou várias associações e sindicatos para estarem presentes na concentração, onde irá ser entregue um documento na Assembleia da República.
“O resultado pode não ser tão expressivo como nós queremos, porque é difícil mobilizar os reformados”, mas o importante é fazer ouvir a voz dos pensionistas e reformados contra as medidas que significam um aumento no número de pensões afectadas pela Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), adiantou.
Estas medidas provocam “um agravamento dos cortes a muitas pensões que já eram abrangidas, cortes nas pensões de sobrevivência, cortes nos complementos de pensões”, frisou a presidente da associação.
“Está sobejamente demonstrado que a medida [CES] não é objectivamente necessária. Trata-se de uma exigência ideológica imposta, ou auto imposta, para não dizer que é uma manifestação de perversidade”, acrescentou.
Para o mesmo dia, a mesma hora e local, também está marcada uma conferência de imprensa da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI), em que será abordada a situação dos idosos “vítimas da aprovação do Orçamento do Estado/2014 e o Orçamento Rectificativo”.
“Vamos protestar contra as medidas que estão a ser tomadas contra os reformados e os trabalhadores em geral” e “vamos apresentar o nosso caderno reivindicativo em relação à situação dos reformados”, disse à Lusa o presidente do MURPI, Casimiro Meneses. (sic.pt)