Cadastrada na Administração Tributária a 24 de Outubro de 2017, empresa proprietária da licença que seguia com o navio de fabrico russo terá recorrido da apreensão do pescado.
Fonte do fiel depositário confirma que estão conservadas duas mil toneladas, acima da quantidade no manifesto das Pescas, enquanto autoridades são criticadas por desperdício em tempo de fome.
Continua em câmaras frigoríficas o carapau apreendido no Porto do Lobito há pouco mais de um mês, por captura em período de veda, devido a um suposto recurso da empresa detentora da licença de pesca a bordo do navio «Olutorsky», que circulava com bandeira dos Camarões e marinheiros de diversas nacionalidades, soube o Novo Jornal de fontes credíveis.
À hora do fecho desta edição, o porta-voz da Procuradoria-Geral da República, Álvaro João, prometia “apurar os factos””, enquanto fonte do sector das Pescas associava a suposta investida da Madie e Cruz, da quarta Repartição Fiscal de Luanda, à permanência do produto no Grupo Adérito Areias, o fiel depositário.
O director do Gabinete Provincial da Agricultura e Pescas de Benguela, Pedro Gomes, não confirma nem desmente esta pretensa exposição nos tribunais, aventada, de resto, por juristas ainda antes da execução da medida da PGR (apreensão), e arruma o assunto, sublinhando que aguarda por orientações de Luanda.
O manifesto do Gabinete Provincial aponta para 800 toneladas de carapau, mas fonte ligada ao fiel depositário informa que estão em câmaras frigoríficas duas mil toneladas de pescado, incluindo outras espécies, como é o caso da cavala.
“É urgente um destino para esse produto, ainda que esteja em temperaturas bem abaixo dos 30 graus. Estamos a falar do carapau pequeno, que está, seguramente, a perder as suas propriedades””, avisa o funcionário do GAA – Grupo Adérito Areias.
Lançados estes elementos, salta à vista, ainda na perspectiva das dúvidas que pedem esclarecimentos, a apreensão de outras espécies, quando se sabe que a veda – entre Junho e Agosto – está apenas para o carapau.