A Recredit- Gestão de Activos levou ao Tribunal processos avaliados em 129 mil milhões de kwanzas, no âmbito da recuperação de activos tóxicos adquiridos ao Banco de Poupança de Crédito (BPC).
Além do valor referido, 23 mil milhões de kwanzas são de providências cautelares solicitadas ao Tribunal, de acordo com o presidente do Conselho de Administração da instituição, Valter Barros. Ainda a nível do Tribunal, o responsável diz estar em curso, há dois anos, um processo de insolvência de uma empresa, cujo dono, considerado de “muito famoso” não dispõe de condições para pagar o valor da dívida.
“Depois de avaliado o património da empresa, constatamos que não tem condições de pagar o valor da dívida referenciada na insolvência da empresa”, disse Valter Barros no encontro que a ministra das Finanças manteve com jornalistas.
Milhares de Kz já recuperados
Em 2022, a Recredit teve uma taxacde recuperação de crédito malparado na faixa dos 25%, num total 19, mil milhões de kwanzas, abaixo dos 26,3 mil milhões previsto. Se comparado com o ano anterior, 2021, observa-se que houve numa diferença no processo de recuperação de crédito.
Em 2022, uma vez que o período homólogo o valor atingiu os 21,9 mil milhões de kwanzas.
De 2020 a 2022, a Recredit tem o registo de recuperação de crédito 46,5 mil milhões de kwanzas, de activos tóxicos adquiridos ao BPC, no quadro da estratégia de reestruturação e saneamento deste banco público.
A Recredit-Gestão de Activos tem como objecto social a aquisição e revitalização de ativos, nomeadamente, os creditícios, ou seja, recuperar os créditos concedidos e, acessoriamente, a gestão com vista à sua alienação, de participações financeiras e de património.
Atendendo ao presente nível de desenvolvimento e de exposição ao risco sistémico do Banco de Poupança e Crédito (BPC), a RECREDIT surge como medida de resolução ao crédito malparado, concorrendo para se atingirem vários propósitos, no sentido de reforçar o sector financeiro nacional.