O Facebook anunciou nesta quinta-feira que a empresa mudou o nome para Meta, parte de uma mudança estratégica para enfatizar o desenvolvimento do seu mundo virtual quando o seu principal negócio, as redes sociais, está em crise
O CEO do Facebook Mark Zuckerberg fez o anúncio na Connect, um evento anual de hardware da empresa, onde falou sobre produtos como os dispositivos de vídeo e os auscultadores Oculus, em parceria com a Ray-Ban.
O rebranding – ligado a um mundo virtual e hardware conhecido como o “metaverso” – surge como um esforço mais amplo para desviar a atenção das revelações de que a plataforma estava a provocar sérios danos sociais (e políticos) e que Zuckerberg sabia disso, seja como for, a rede social do Facebook não vai mudar de nome.
“O Facebook é dos produtos mais utilizados no mundo, cada vez mais, mas não engloba tudo o que fazemos. Neste momento a nossa marca está tão fortemente ligada a um produto que não representa tudo o que estamos a fazer”, e daí que Meta venha em primeiro lugar.
Isto acontece poucos dias depois de um whistleblower ter apresentados milhares de documentos que demonstram como a empresa é responsável pela polarização em inúmeros países e como terá contribuído para a explosão em rede e depois da violência que levou à invasão do Capitólio a 6 de Janeiro deste ano.
De qualquer modo já se falava numa mudança de nome mesmo antes do The Wall Street Journal ter publicado, pela primeira vez, os documentos incriminatórios,
“Metaverso” é um termo que deriva da ficção científica mas que se tornou popular em Silicon Valey e que se refere a aplicações em mundos virtuais interligados.
O Facebook, que começou como uma rede social num dormitório universitário há 17 anos, transformou-se um conglomerado que engloba o Instagram, o WhatsApp e o Messenger, bem como um nascente negócio de pagamentos em electrónicos e hardware. Também por isso se especulava que a empresa já deveria ter mudado de nome há muito tempo.
O Facebook também não é a primeira empresa de Silicon Valley a mudar a sua marca. O Google mudou para Alphabet, enquanto empresa-mãe, em 2015, devido também ao crescimento para diversas áreas, desde a pesquisa científica até aos carros eléctricos.