Um acidente com um camião de mercadorias, que também transportava passageiros, provocou na segunda-feira a morte de 34 pessoas, incluindo 16 crianças, numa região remota do sudeste da República Democrática do Congo (RDC), confirmaram hoje as autoridades locais.
O camião, carregado com um minibus, mercadorias e 93 passageiros, não conseguiu subir uma colina e capotou, disse Celestine Lundanda Panga, administrador do território de Lubudi, na província de Lualaba, citado pela agência France-Presse.
“Trinta e três pessoas morreram no local, enterrámo-las ontem [terça-feira] numa vala comum, porque os seus corpos já estavam em decomposição”, por causa do calor, disse. “Uma mulher na casa dos 30 anos, que morreu na terça-feira no hospital devido aos seus ferimentos, será enterrada hoje”, acrescentou Panga.
O número total de mortos é, portanto, de “34, incluindo nove homens, nove mulheres e 16 menores – 10 raparigas e seis rapazes”, disse, acrescentando que 37 outras pessoas ficaram feridas.
Vinte e dois passageiros escaparam ilesos, tal como o motorista, que, segundo Panga, estava bêbado. “Ele tinha garrafas de álcool pesado na sua cabina. Ordenei a sua prisão”, acrescentou, atribuindo o acidente à “condução sob o efeito do álcool” e às más condições da estrada.
O acidente ocorreu “ao cair da noite, por volta das 18:30, o condutor estava a conduzir depressa”, disse Kabena Mwambuyu, um ferido que se encontra no hospital em Lubudi, por telefone.
“Ouvi apenas ‘boom’, ‘boom’ (…), o camião capotou, eu e o meu filho de 04 anos estávamos em cima, sentados na mercadoria, fomos atirados com outros passageiros. O meu filho tem o braço direito fraturado e a minha anca dói-me demasiado, já vi muitos mortos e feridos”, explicou o comerciante.
O veículo tinha deixado Mbuji-Mayi, na província central de Kasai Oriental, e dirigia-se para Kolwezi, a capital de Lualaba.
De acordo com Déodat Kapenda, ministro provincial de Lualaba, o Governo tratou dos feridos e também prometeu “tomar medidas severas contra os condutores de camiões e comboios, que estão na origem de repetidos acidentes fatais na província”.