O município de Quelimane, no centro de Moçambique, enfrenta desafios, em particular na área de transportes, para evitar a propagação da Covid-19, disse à VOA o seu presidente, Manuel de Araújo.
“A oferta de transportes é bastante exígua. A procura ultrapassa os meios existentes”, reconhece Araújo.
Segundo o edil, “isso anula o esforço de prevenção feito noutras áreas”, como a educação sobre o distanciamento social nos mercados e outros locais de concentração.
Nesta principal cidade da Zambézia, a segunda província mais populosa de Moçambique, com pouco mais de cinco milhões de habitantes, muita gente recorre aos “chapa 100”, carrinhas de 16 lugares, que circulam superlotadas.
No país, a crise de transportes públicos é generalizada.
Por outro lado, Araújo lamenta o facto de o município não ter até agora recebido apoio do Governo de Maputo para fazer face à Covid-19. “Esperávamos alguma assistência para implementar as decisões dos vários decretos. É um ponto de interrogação”.
Dos 17.788 casos activos de Covid-19 no país, 287 são da Zambézia.